sexta-feira, 7 de novembro de 2008

M&M


O Partido da Nova Democracia está em testes, cansou-se de ser um partido à imagem do CDS/PP, estratégia falhada à partida e nem vale gastar o teclado a explicar porquê.
Manuel Monteiro e toda a sua astúcia, que de resto o acompanha desde sempre, decidiu que o seu partido (sim porque o partido é dele, quando alguém não se lembra da nomenclatura da ND diz “é o partido do Manuel Monteiro, aquele que era do CDS”) tinha de mudar de atitude e lembrou-se de passar a adoptar o estilo activista, da polémica e da reacção a pisar a lei, para ser ouvido e falado. “Onde é que vamos experimentar isto?”, pensou. E em mais um rasgo de astúcia resolveu começar no único Parlamento em que tem lugar, uma coisa mais pequenina, tipo “Barbie no hemiciclo” (em colaboração com o mundo dos brinquedos do Continente prepara-se para atingir o maior sucesso neste Natal).
A casa do senhor deputado novo democrata chegou uma caixa em correio azul, com uma bandeira, bem dobrada e ainda com vincos de ter sido passada a ferro, juntamente com um bilhetinho que dizia: “Como ninguém nos ouve em lado nenhum, muito menos no reino do senhor Alberto João, pode ser que nos vejam. Por isso caro Coelho desfralde esta bandeira no parlamento madeirense, escusa de ser no lugar do social democrata Jaime Ramos, porque também ninguém o conhece e estaríamos, se isto resultar, a dar-lhe visibilidade. Juntamente envio também um cassete VHS com intervenções dos que defendem os animais à porta das touradas para que percebam a atitude que eu gostava que o nosso partido passasse a ter. Cumprimentos”.
Por aqui se pode perceber que a estratégia não resultou em pleno. Então não é que o Coelho com os nervos, porque pensava q a bandeira não era tão grande, deu protagonismo ao Ramos!? Mas o pior foi o espectáculo de insultos típicos de meados do século XX, praticamente tirados dos filmes de António Silva e Vasco Santana, mas a cores. “Meu malandro! Mariola! Você é um malandro, um mariola!”, disse um outro novo activista quando estava a ser corrido do parlamento por ir reclamar a proibição imposta a Coelho após a cena da bandeira. E o próprio Coelho, debaixo de coacção física saiu-se com “O senhor está a cometer um acto incostitucional! Não me pode proibir de exercer as minhas funções!”. O que é isto?! Que linguagem é esta?! É, por acaso, nestes propósitos que os defensores dos animais se fazem ouvir? Assim não! E até estava a tudo a ir muito bem mas faltam claramente "cabrões, filhos da puta e afins" para dar força ao movimento PDN. E aqui a culpa foi do líder! Quem é que o manda apostar no VHS quando o dvd já foi autorizado a entrar na Madeira vai para quase 2 meses!?

Sem comentários: