domingo, 30 de novembro de 2008

Brinquedos


Este post é o primeiro que escrevo no teclado do meu novo computador. 
Decidi mudar e deixei-me conquistar pela Apple. Assim, aqui estou eu agarrado há dias ao meu Macbook a tentar reformatar a minha cabeçorra. Estou muito satisfeito com tudo isto que tenho vindo a descobrir. E a coisa promete trazer um nível zero de arrependimento devido à mudança.
Não vou ser ingrato com o meu Toshiba que me acompanhou em tantos momentos difíceis, mas também agradáveis. Deixo-lhe aqui uma sentida homenagem, mas a vida é feita destas coisas meu amigo.
A compra, ponderada durante meses, acabou por ser acelerada pela oferta de um desconto de 10% para quem tem cartão FNAC. Tinha que aproveitar e a crise que vivemos - parece uma incongruência, mas caguei - fez-me pensar nos cento e tal euros que acabei por poupar.
Lá fui e trouxe este bicho para casa. 
Foi ao pensar no tempo que vou passar com o pernil esticado e imobilizado que senti aquele impulso que nos faz avançar para uma compra. Siga!! Se me vão tirar um bocado do tendão osso-rotuliano para reconstruir o ligamento, acho que mereço um mimo de antecipação...

Here comes the rain again!

Viva a chuva! Os ventos fortes! E o frio!


As pessoas queixam-se, são obrigadas a fazer qualquer coisa ou mesmo a deixar de o fazer. É bom!


Nestas alturas é que se percebe quem é que manda aqui! Não é o "homem", por muito que possa parecer! É a Natureza! E durante meses passamos ao lado desta realidade.


É tão bom quando percebemos que dependemos da Natureza e não do "homem".


E olhem que eu prefiro o calor ao frio! Mas eu sou homem. Não mando nada!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Artelho


Depois de um mês a "encanar" a perna à rã, fiquei a saber - finalmente - o que se passa no joelho.
Forniquei isto tudo, ao níbel do ligamento cruzado anterior e, portanto, resta refazê-lo com recurso a um tendão que vem não sei de onde.
Siga! Apresente-se o orçamento e faça-se a obra.

Esta coisa de aproveitar tecidos do nosso corpo para zonas afectadas parece-me um bom sistema.
Aliás, atendendo ao que se passa no país, sugeria que se falasse com alguns dos melhores gestores mundiais e pedissemos para lhes fazermos uma biópsia da zona no cérebro responsável pelas capacidades de cálculo e enxertássemos esse bocado na cabeça dos nossos responsáveis politicos, financeiros e bancários.
O que temos ouvido nas últimas semanas revela uma total falta de noção do que é o bem público, o exercício de cargos públicos. Apetece desistir deste país e deixá-lo em pousio uns anos.
Mas tenho uma proposta que alguns podem classificar como mais radical. Defendo-a há uns anos e é a seguinte:
Pegamos nos responsáveis políticos, autárquicos, empresariais, etc com mais de 45 anos - já perceberam qual é a grupeta de que falo de certeza - e eliminamo-los a todos. Sem compaixões, sem excepções. E não me venham com o argumento que estou a ser extremista!

A verdade é que este país está a saque há mais de 30 anos. As lutas entre a Opus Dei e a Maçonaria pelo poder - patético dada a dimensão e importância de Portugal - têm provocado uma rotação da clientela relativamente à pouca riqueza do país. Com tudo isto - que nos tem sido apresentado como a saudável luta democrática - nós, os mais novos, ficamos à espera que Portugal se aproxime das médias europeias.

Basta atravessar a fronteira para se perceber onde os outros estão e onde nós todos podiamos estar.
Andamos coxos e há demasiado tempo.

Verga mas não quebra


Estes dois "miúdos apatronados" são mesmo patrons. Sucedem-se as provas! Até nas lesões que têm de enfrentar! São problemas físicos ao nível de atletas de alta competição, desculpem, de altíssima competição.


"... Ah e tal tenho um pulsinho ligeiramente torcido" - Não!
"... Com um camandro lixei uma unhita do pé" - Nada disto!
"... Eh pá! Tenho uma variz que não me deixa andar" - Também não!
"... Catano, tenho de arrancar um molar que até me está a dar dores nas costas" - Nicles!
"... Ui! Que tenho bicos de papagaio (onde quer que isso cresça ou apareça, nem sei)" Népias!

O que estes miúdos enfrentam são lesões capazes de fazer capas de jornais:
"Menisco obriga Patron a parar"
"Cruzados mandam Patron para o estaleiro"
"Cirurgia ao joelho de Patron correu bem"
"Patron recupera mais rápido do que o previsto"
"Joelho de Patron de KO a OK em menos de nada"
"Patron volta a espalhar magia depois da paragem"
"Joelho de Patron verga mas não quebra"

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sem nome


Quem nasce torto tarde ou nunca se endireita, já dizia a minha bisavó.

Rapazes sem nome, porquê? Tanta gente todas as semanas no mesmo sítio, com o mesmo objectivo e não houve ninguém que se lembrasse de nada a não ser de que não iam ter nome? Forma-se um grupo para apoiar um clube cujo nome é conhecido por todo o Mundo e nem isso os motivou a fazer qualquer referência na sua identidade? Oh diacho! Aqui há gato! Mas também há gato nas claques com identidade de referência aos clubes. Isto do movimento "ultra" faz-me confusão quando associado ao desporto! Não percebo mesmo. Se associado a algum braço armado da Al Qaeda, já faz mais sentido nesta minha carola.

Para mim, o que é bonito nas bancadas é ver o apoio incondicional à equipa, sem gasto de energias a ofender adversários e árbitros. Repito "apoio incondicional" porque este é que mostra amor pelo clube, puxa-se pela equipa mesmo quando se está a perder - uma forma de também ajudar e fazer parte espectáculo. Como se vê, por exemplo, nos EUA em jogos de basket, ice hockey, etc.. Neste caso os exemplos que chegam do outro lado parecem-me bons.

Por causa dos adeptos, dos dirigentes e de muitos jogadores às vezes tenho a certeza que o futebol profissional, em Portugal, não é desporto. Que pena! Podia ser apaixonante!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Deslocação Apatronada


Nada como sair daqui para a cabeça arejar e conseguirmos ver o buraco onde estamos com mais clareza. Milhões de pessoas em movimento em Londres acabam por revelar o "bairro" que é Lisboa. Confusão constante; gente de todas as cores, lugares, géneros; cada um na sua. A tão falada crise pouco se nota para quem chega de fora. Lojas sempre cheias, ritmo frenético e um turismo constante.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Posso ser eu...

Há momentos em que me apetece partir tudo o que está à volta.
Até me considero um tipo tranquilo, mas quando ouço ou observo certas coisas, é-me muito difícil ficar indiferente.
Em Portugal temos, felizmente ou infelizmente, exemplos diários.
Na política temos negociatas que cheiram mal à distância - veja-se o caso Liscont e os contentores à beira do Tejo - e que revelam uma profunda falta de respeito pela inteligência mínima de qualquer cidadão/contribuinte. Esta espécie de gente que nos governa - ou se governam a eles próprios - trata dos interesses comuns com um desprezo impressionante. Funcionam como se nada lhes pudesse ser apontado, com uma triste e incompreensível falta de noção do que é ocupar um cargo público.
Claro que têm que prestar esclarecimentos!
É óbvio que têm que nos explicar o que se passa porque somos nós que votamos e somos nós que contribuimos todos para os rendimentos que têm!
E isto não tem nada a ver com ser de esquerda ou de direita. Caguei para isso há muito tempo.
Já perdi a paciência para o nível zero de civismo do João Jardim; a arrogância e calculismo político de tipos como o António Costa ou o Santana, a charlatanice do Major ou da Felgueiras; o moralismo fácil e falso do Portas e do Louçã.
Não há paciência. Vivem no mundo à parte e bem podiam ficar por lá.
Mas a política não é a unica.
Tenho observado também que alguns dos nossos humoristas andam a perder a graça a uma velocidade galopante. Nomeadamente, os Gato Fedorento. Há medida que se vão institucionalizando e acomodando - digo eu - passam a achar que têm uma relevância social superior à que, de facto, têm.
Afastam-se da rua e fecham-se, por vontade própria ou comercial, numa redoma. Também nestes casos vemos traços de alguma arrogância latente. Com isso aumenta a dificuldade em verem o ridículo neles próprios. Ando a ouvir muito:
"Eu acho que", "Penso que", "Seria melhor isto ou aquilo".
Meus amigos, estão aí para nos entreter. Ponto final parágrafo.
O problema é que, mesmo trabalhando numa àrea como a do Humor, começam a levar-se muito a sério como profissionais do humor. Como se tivessem uma qualquer responsabilidade social.
Claro que o mercado aqui também complica toda esta equação. Quem tem sucesso, explora a receita até dar e depois é substituido por outro. Esquecem-se de se reinventar e para que isso aconteça, é fundamental que não se levem muito a sério. Mesmo que sejam humoristas!

M&M


O Partido da Nova Democracia está em testes, cansou-se de ser um partido à imagem do CDS/PP, estratégia falhada à partida e nem vale gastar o teclado a explicar porquê.
Manuel Monteiro e toda a sua astúcia, que de resto o acompanha desde sempre, decidiu que o seu partido (sim porque o partido é dele, quando alguém não se lembra da nomenclatura da ND diz “é o partido do Manuel Monteiro, aquele que era do CDS”) tinha de mudar de atitude e lembrou-se de passar a adoptar o estilo activista, da polémica e da reacção a pisar a lei, para ser ouvido e falado. “Onde é que vamos experimentar isto?”, pensou. E em mais um rasgo de astúcia resolveu começar no único Parlamento em que tem lugar, uma coisa mais pequenina, tipo “Barbie no hemiciclo” (em colaboração com o mundo dos brinquedos do Continente prepara-se para atingir o maior sucesso neste Natal).
A casa do senhor deputado novo democrata chegou uma caixa em correio azul, com uma bandeira, bem dobrada e ainda com vincos de ter sido passada a ferro, juntamente com um bilhetinho que dizia: “Como ninguém nos ouve em lado nenhum, muito menos no reino do senhor Alberto João, pode ser que nos vejam. Por isso caro Coelho desfralde esta bandeira no parlamento madeirense, escusa de ser no lugar do social democrata Jaime Ramos, porque também ninguém o conhece e estaríamos, se isto resultar, a dar-lhe visibilidade. Juntamente envio também um cassete VHS com intervenções dos que defendem os animais à porta das touradas para que percebam a atitude que eu gostava que o nosso partido passasse a ter. Cumprimentos”.
Por aqui se pode perceber que a estratégia não resultou em pleno. Então não é que o Coelho com os nervos, porque pensava q a bandeira não era tão grande, deu protagonismo ao Ramos!? Mas o pior foi o espectáculo de insultos típicos de meados do século XX, praticamente tirados dos filmes de António Silva e Vasco Santana, mas a cores. “Meu malandro! Mariola! Você é um malandro, um mariola!”, disse um outro novo activista quando estava a ser corrido do parlamento por ir reclamar a proibição imposta a Coelho após a cena da bandeira. E o próprio Coelho, debaixo de coacção física saiu-se com “O senhor está a cometer um acto incostitucional! Não me pode proibir de exercer as minhas funções!”. O que é isto?! Que linguagem é esta?! É, por acaso, nestes propósitos que os defensores dos animais se fazem ouvir? Assim não! E até estava a tudo a ir muito bem mas faltam claramente "cabrões, filhos da puta e afins" para dar força ao movimento PDN. E aqui a culpa foi do líder! Quem é que o manda apostar no VHS quando o dvd já foi autorizado a entrar na Madeira vai para quase 2 meses!?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Racismo no bolso



Raio da mulher! Parece um tornado da limpeza patrocinado pela Hoover! A minha participação neste blog anda a ser fortemente condicionada pelo barulho de um aspirador de 2800W (praticamente industrial) arraçado de despertador, nunca falha às 8 e meia da manhã.
A parte da minha cabeça que ainda consegue resistir à calamidade doméstica que dá pelo nome “Dona Helena” (Olha!? Mais um furacão com nome de mulher! Hummmm… Começo a desconfiar!) diz-me que o “black power” está com mais força do que nunca. E que há para aí uns manos a tomar conta do mundo e a ganhar mundiais de F1. Na música, na dança, em quase tudo que é desporto, no cinema, na culinária (Qual Jamie Olivier!? “Na Roça Com os Tachos” de João Carlos Silva é que abre o apetite e desperta num gajo o sentimento Michel em que só apetece cortar cebola aos cubinhos e fazer refogados). Acho muito bem! E não estou nesta conversa para manter o bom ambiente em alguns lares luso-angolanos (ou angolano-lusos) onde sei que há um patron a reinar. Nada disso! Agrada-me muito porque acho que o mundo está a precisar de ginga, que branco não tem por muito que tente. Agora só peço que ao tomarem conta do mundo não sejam racistas! Ou se forem, sejam cirúrgicos. “Respect! Peace! Jamaica man! Rasta power brother!”
Por falar em cirurgia, enquanto a Dona Helena mudava o aspirador de divisão ouvi dizer que há para aí uma grande operação em curso neste palco de “stand up comedy” (que dá pelo nome de Portugal). Ao que parece há para aí buracos financeiros a alimentar 2 ou 3 (que se saiba) e que são pagos por 10 milhões (directa e indirectamente). Também aqui, tal como em cima, acho bem! Temos que ser uns para os outros. Todos pelo BPN porque com a nacionalização o BPN passa a ser de todos, ou seja, as dívidas do BPN passam a ser de todos. Mas porque é que, em vez de nacionalizarem uma empresa que precisa que lhe dêem dinheiro, não nacionalizam uma empresa que esteja a dar dinheiro!? Isso é que era ser amigo dos 10 milhões! Ou então têm de assumir as dívidas de todos os que precisam. Vejam lá se o Teixeira dos Santos me liga a dizer: “Senhor mig? Daqui Fernando! Desculpe incomodar mas sei que este mês não lhe dá jeito pagar a prestação da dívida que contraiu para comprar a sua casinha, porque já deve ter torrado o ordenado em coisas que lhe fazem falta para sobreviver e por isso, e por tudo o que já fez por nós e pelo BPN resolvemos nacionalizar a mensalidade de Novembro referente ao seu empréstimo! Espero que não se importe e coloque o orgulho de lado. Temos de ser uns para os outros! Aproveite bem a sua bicicleta nova, os seus ténis, o PES 2009, as massagens, as quilhas novas para a prancha que está a precisar de ser trocada! Tenha o resto de um bom dia e até para o mês que vem!”?
É o ligas! Este racismo é que me preocupa!

Há qualquer coisa de diferente no ar...


Cheira-me que este também é um miúdo apatronado!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Chega de frescuras!

Respeitando a total falta de incoerência do nosso blog, lançamos já um apelo sério.
Há anos começou a aparecer aquela mania meio-apanascada de se beber àgua vinda da Noruega, de uma fonte na Ilha de Java ou das Montanhas Rochosas no Continente Americano. As embalagens com um design impressionante fizeram o que lhes competia. Ou seja, convencer os mais sensíveis ao consumo e às linhas dos objectos. Sabemos de quem falamos Patron mig, certo?
Pois bem, está visto a merda que tudo isto deu.
Milhões e milhões de garrafas consumidas todos os dias.
As lixeiras cheias de garrafas verdes, transparentes, amarelas e o catano!
Para que fiquem a saber, ou só mesmo para vos recordar, cada garrafa leva mil anos a decompor-se. Entidades independentes calculam que para produzir cada litro de àgua engarrafada em embalagem de plástico - PET se quiserem - sejam necessários 3 litros de àgua.
Por ano são gastos 17 milhões de barris de petróleo para alimentar este bicho.
Convirá dizer que os três mais importantes produtores deste tipo de àgua são a Nestlé, Coca-Cola e a Pepsi.
Para concluir basta dizer que nos países ocidentais - que se dão a estas merdices - a àgua del cano tem uma qualidade superior à engarrafada.
Deixem-se de frescuras e comecem a reutilizar a vossa garrafinha de plástico com a àgua que têm nas torneiras das vossas casas, empresas, ginásios, etc.
Estão connosco?


P.S. - O prometido é devido. Conseguimos, depois de várias tentativas, colocar uma coisinha que conta as vossas e nossas passagens por aqui!