terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Estado de espírito

Sinceramente, não sei o que dizer. 
Tanto tempo sem escrever nada e o vazio é tremendo. Não por falta de ideias, mas porque o novelo é demasiado grande para saber por onde começar a puxar o fio.
Sinto-me desiludido com o estado deste país.
Não se vê - em lado nenhum - ninguém que tenha capacidade e engenho para pegar nisto.
O terreno está - há anos é certo - propício aos "esquemáticos". 
Aos tipos que, carregados de "esperteza saloia", se julgam acima de todos os outros.
Ser cidadão neste país vale cada menos. Somos desrespeitados diariamente. Pelo governo, pela oposição, pelos bancos, pelas televisões, pelos directores de meios de comunicação social que "dobram" os argumentos consoante os interesses pessoais de cada um.
Temos a tradição, centenária e quase milenar, de um prazer pelo desgoverno.
A solução, para quem tem ainda alguma força para se indignar e rebelar, é sair daqui.
Procurar abrigo e esperança noutras paragens. Mais civilizadas ou mais caóticas, mas pelo menos com regras claras. É a generalização das áreas cinzentas que me assusta e me faz ser pessimista.

2 comentários:

Happinêss disse...

Pessimism takes us anywhere...

O tempo que todos nós (incluindo eu) gastamos a escrever sobre como isto está mal e como tudo cá não passa de uma farsa dava para construir um país de raiz.

Ultimamente, quando me tenho sentido assim como tu, vou ao supermercado compro uma barra de Toblerone e o caso muda logo de figura.

Anónimo disse...

Happinês, o problema é que o Toblerone - que adoro - só vai potenciar a vontade de partir isto tudo à cadeirada. O que, se calhar, não será má opção.
Sempre havia animação e sangue.